Uma homenagem à mulher-mãe!

"E num dia de bendita magia, numa explosão de luz e flor, num parto sadio e sem dor, é capaz, bem capaz, que uma mulher da minha terra consiga parir a paz. Benditas mulheres." Rose Busko

Nascer Sorrindo


O livro 'Nascer sorrindo', do Dr. Leboyer, um obstetra francês que usa técnicas inovadoras no parto, defende que, como a criança está envolta por líquido, que abafa o som e a mantém no escuro durante toda a gestação, quentinha, aconchegada, o momento do parto é extremamente traumático para ela. De repente, luz, barulho, frio. Esse choque afeta a pessoa deixando seqüelas irreparáveis em sua personalidade. Por isso ele mantém as salas de parto na penumbra e silêncio. A criança é, depois de 'expulsa', imediatamente envolta de modo a manter-lhe o calor e sua adaptação ao meio externo é feita gradual e lentamente. Depois de alguns meses de aplicação da técnica, foi convocada uma reunião para avaliar os resultados e chegou-se à conclusão de que os bebês nasciam sorrindo, pois o parto se dá sem violência.


"Vamos deixar o bebê. E entregá-lo, por alguns momentos, à mãe, depois de ele ter provado as alegrias da solidão, da imobilidade.
Deitado sobre o peito querido, orelha contra coração, o bebê reencontra o som e o ritmo familiar.
Tudo está feito. Tudo é perfeito.
Esses dois seres que lutaram corajosamente, transformam-se num só."

"O que é o medo senão o desconhecido, o absolutamente novo? Aquilo que não podemos reconhecer nem classificar?
Para que o recém-nascido não sinta medo é preciso revelar-lhe o mundo lentamente, de forma progressiva.
Não oferecer mais sensações novas do que ele possa suportar, assimilar.
E, assim, é preciso multiplicar as lembranças, as impressões do passado, para que o bebê possa relacioná-las.
Até que, no universo totalmente desconhecido e, portanto, hostil, algo familiar venha tranquilizá-lo, acalmá-lo." - Trechos do livro


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