Uma homenagem à mulher-mãe!

"E num dia de bendita magia, numa explosão de luz e flor, num parto sadio e sem dor, é capaz, bem capaz, que uma mulher da minha terra consiga parir a paz. Benditas mulheres." Rose Busko

Quem nasce é um ser humano!

Manifesto pela proximidade de contato humano no ato do nascimento


Por Rodrigo Vianna, médico gineco-obstetra, pai e ser humano.

Imagine a cena de uma criança sendo levada da mãe por estranhos e deixada em um canto sozinha, nua e sem qualquer tipo de proteção emocional durante algumas horas. Cruel, não?

Pois isto acontece diariamente com milhares de crianças que tem alguns minutos de vida. Bruscamente são separadas de suas mães para serem levadas à “segurança” de uma incubadora durante quatro a seis horas.

Infelizmente isto ocorre de uma forma tão rotineira e há tanto tempo, que a impressão que passa é que esta é a forma certa de cuidar de um recém-nascido. Mas quando paramos para pensar que este recém-nascido na verdade é um ser humano e que também tem sentimentos e sensações como: dor, medo, insegurança e raiva, podemos então fazer as seguintes perguntas: não poderíamos fazê-lo sentir proteção, amor, aconchego, tranquilidade, desde esse primeiro minuto de vida? Que modelo de comportamento queremos que nossos filhos reproduzam?


A natureza deu ao ser humano uma capacidade de amar que é única! Porém, constantemente ele precisa de estímulos para o desenvolvimento e a solidificação desta capacidade emocional. Afinal, existem também inúmeros estímulos que fazem com que o ser humano desenvolva potenciais de agressividade, egoísmo e violência.

Hoje em dia, cientificamente já se mostrou que existe na mãe, uma enorme descarga hormonal com o nascimento do bebê. Dentro desta primeira hora, que é de extrema importância que a mãe pegue seu filho no colo, olhe-o, cheire-o, sinta-o e vice-versa. Há necessidade orgânica disto, mediada por hormônios. Hormônios que seriam responsáveis pelo vínculo mãe-bebê, o qual seria o protótipo de todas as formas de amor. Privar isso, seria aumentar a chance de depressão pós-parto, desmame precoce, perda de capacidade afetiva.

Um famoso obstetra e humanista francês, Dr. Michel Odent, disse com muita sabedoria: “Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer” . E antes disso outro expoente médico, o psiquiatra e psicanalista Wilhelm Reich, já havia declarado: “A civilização começará no dia em que o bem-estar dos bebês recém-nascidos prevalecer sobre qualquer outra consideração”.

Temos de dar os estímulos certos! Hoje em dia vivemos em uma sociedade onde a todo instante queremos gritar por um basta à violência. Infelizmente talvez, os que hoje compõem esta sociedade já não conseguiriam modificar suas atitudes. Mas os nascimentos continuarão ocorrendo e aí teremos uma chance. Precisamos de pessoas que nasçam e cresçam crendo que amar vale a pena e que não é fora de moda. Pessoas que reproduzam esta mensagem através de atitudes que aprenderam logo ao nascimento.


Este é um movimento em prol da humanidade, do amor, da felicidade, da harmonia social, do desenvolvimento do “indivíduo coletivo”, da capacidade de compreensão, da fraternidade. 

Se você acha que vale a pena, envie este link para outras pessoas. 

Que aqueles que se encontrem grávidos, reivindiquem junto aos médicos que lhe tratam (obstetras e pediatras) respeito e carinho para com o filho que nasce, pois quem nasce é um ser humano. 

Que aqueles que se encontrem grávidos, reivindiquem junto ao hospital onde terão o bebê, o que é preconizado pela OMS e pela sociedade brasileira de pediatria: contato com a mãe na primeira hora e alojamento conjunto desde a ida da mãe para o quarto. 

Não vamos deixar essa mensagem parar de circular enquanto não obtivermos melhores condições de nascimento para nossos filhos.

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